quinta-feira, 6 de outubro de 2011

conVERSANDO

Monotonia

Poucas horas de luz,
Inicia-se o fenômeno diário. 
O som é propagado.
Ergue-se num hábito hebdomadário.

Deveria ter sono, tem apenas sede.
Os lábios se desprendem com lentidão.
Deseja voltar, mas prossegue.
Deve haver uma explicação.

Satisfaz suas necessidades.
Porém, há outras negligenciadas.
Escolhe uma dentre suas repetidas fantasias.
Sonha ter muito, hoje não tem nada.

Estende a mão, aguarda e gira a roleta.
A sorte é pouca, até agora só perdeu.
Entra, senta, faz um comentário, conta uma piada.
Um ri, outro finge que entendeu.

Acompanha o relógio,
Como se fosse folhetim.
Não se importa em perder capítulos,
Quer saber qual será o fim.

Concluída a jornada, não está libertado.
Espremido, gira a roleta e novamente irá perder.
Deve haver uma explicação!
Pelo menos, até amanhã, continuará sem conhecer.

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