terça-feira, 27 de setembro de 2011

MÚSICA

O post anterior, por alguma razão, me fez lembrar da música CANTO DE OSSANHA, de Vinícius de Moraes e Baden Powell.

Talvez seja por causa da primeira estrofe da canção, que já começa escancarando. Se for fazer alguma coisa, faça logo!  

O Canto de Ossanha é, na minha interpretação, essa mania que temos procrastinar nossas a ações, esperando que o destino ou o tempo arrumem as soluções para nossos problemas. Quanto mais adiamos a resolução dos nossos problemas, mais forte se torna o Canto de Ossanha. "Vai, vai, vai, vai, não vou".

Grande Poetinha! A benção amigo! Saravá!


Canto de Ossanha (Baden Powell e Vinícius de Moraes)

O homem que diz "dou" não dá
Porque quem dá mesmo não diz
O homem que diz "vou" não vai
Porque quando foi já não quis
O homem que diz "sou" não é
Porque quem é mesmo é "não sou"
O homem que diz "tô" não tá
Porque ninguém tá quando quer

Coitado do homem que cai
No canto de Ossanha, traidor
Coitado do homem que vai
Atrás de mandinga de amor

Vai, vai, vai, vai, não vou
Vai, vai, vai, vai, não vou
Vai, vai, vai, vai, não vou
Vai, vai, vai, vai, não vou


Que eu não sou ninguém de ir
Em conversa de esquecer
A tristeza de um amor que passou
Não, eu só vou se for pra ver
Uma estrela aparecer
Na manhã de um novo amor


Amigo senhor, saravá,
Xangô me mandou lhe dizer
Se é canto de Ossanha, não vá
Que muito vai se arrepender
Pergunte ao seu Orixá, o amor só é bom se doer
Pergunte ao seu Orixá o amor só é bom se doer


Vai, vai, vai, vai, amar
Vai, vai, vai, sofrer
Vai, vai, vai, vai, chorar
Vai, vai, vai, dizer


Que eu não sou ninguém de ir
Em conversa de esquecer
A tristeza de um amor que passou
Não, eu só vou se for pra ver
Uma estrela aparecer
Na manhã de um novo amor

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